A retinografia é um exame complementar de diagnóstico que permite o registo fotográfico do fundo ocular, possibilitando observar com algum detalhe as várias estruturas da retina, o nervo ótico e os vasos sanguíneos.
Um dos passos numa consulta de oftalmologia é a observação do fundo ocular. A retinografia permite fazê-lo, de forma rápida e precisa, e mais comoda para o doente. O registo, permite realizar mais facilmente um estudo comparativo ao longo do tempo de qualquer patologia, com a vantagem adicional de puder ser observado por outro médico.
A retinografia é um exame bastante requisitado e usual no apoio à consulta, por ser um exame de rápida realização (feito entre 5 a 10 minutos) indolor e não invasivo, uma vez que o aparelho não entra em contato com o olho. Por vezes, para a sua realização poderá ser necessário a utilização prévia de gotas, com o objetivo de dilatar a pupila, permitindo obter uma imagem com melhor qualidade e fotografar os vários quadrantes da retina. Ao ser necessária a dilatação da pupila o que acontece raramente, a visão fica desfocada para perto e há dificuldade em encarar luminosidade forte durante algumas horas.
O retinografo, é um aparelho que corresponde a um microscópio de baixa potência, associado a uma máquina fotográfica para obtenção da fotografia retiniana, com auxílio do flash. A qualidade da fotografia poderá variar consoante integridade e transparência dos mesmos dos meios ópticos do olho.
A evolução dos retinografos têm permitido obter uma maior qualidade nas imagens, sem necessidade de dilatação pupilar, com aumento significativo do campo retiniano, abrangendo a área mais central da retina e a periferia. A fotografia digital permitiu uma maior facilidade, e dado que as imagens são guardadas no computador tornando possível observar e analisar as imagens logo após a sua aquisição.