A Oftalmologia pediátrica constitui uma área da Oftalmologia dedicada ao rastreio, diagnóstico e tratamento das doenças oculares de crianças e adolescentes.

A Oftalmologia pediátrica constitui uma área da Oftalmologia dedicada ao rastreio, diagnóstico e tratamento das doenças oculares de crianças e adolescentes.

Ao nascermos, a nossa visão ainda não atingiu a sua capacidade máxima, ou seja, o sistema visual (olhos, vias óticas e o córtex visual) está presente, mas não se encontra suficientemente desenvolvido, de forma a segmentar e processar a informação visual completa. Desde o nascimento e até aos primeiros 10 anos de vida, é fundamental que o estímulo visual seja o mais perfeito possível, forma a que ocorra não só um desenvolvimento visual normal, mas também o normal desenvolvimento do sistema nervoso central. 

A Oftalmologia pediátrica estuda a maturação do sistema visual. Esta terá um período crítico de desenvolvimento (por norma até aos 4-6 anos) e inicia-se com a informação recebida pelos nossos olhos, através de estímulos luminosos, desenvolvendo a capacidade de perceção do movimento, fixação, orientação, cor, fusão, articulação dos olhos de forma conjugada e da perceção tridimensional. Após esse período crítico, não é possível nem expectável verificarmos melhorias na visão da criança.

Na Oftalmologia pediátrica, é importante rastrear e identificar potenciais alterações como por exemplo, erros refrativos, ambliopias, estrabismos e alterações musculares, cataratas congénitas, retinopatia da prematuridade, entre outras. Posto isto, durante os primeiros anos de vida, é necessário ter em atenção a alguns sinais e sintomas, mais especificamente:

  • Antes de um ano de idade

    • Alterações palpebrais, como o aparecimento de sinais ou esta encontrar-se descaída;
    • Opacidades dos meios óticos, visível a olho nu através da pupila branca;
    • Lacrimejo excessivo;
    • Desvio aparente de um dos olhos (estrabismo ou síndromes restritivas);
    • Não segue o rosto das pessoas ou objetos;
    • Tapar ou desviar o olhar em situações de intensidade à luz.

    No primeiro ano de vida é observado, atentamente eventuais alterações na forma ou na transparência dos meios oculares e se movimentos oculares não têm alterações. A acuidade visual é ainda muito baixa (equivalente a cerca de 1/10), mas aumenta rapidamente nas primeiras semanas de vida.

  • Depois de um ano de idade

    Adicionalmente, aos sinais descritos anteriormente, podem-se verificar ainda:

    • Aproximação excessiva de objetos;
    • Esfregar muito os olhos;
    • Inclinação da cabeça de forma a fixar.
  • Depois dos quatro anos de idade

    • A criança queixa-se de dores de cabeça;
    • Dificuldade em distinguir as cores.

    Entre os três ou quatro anos, a avaliação é de caracter obrigatório. Deve-se avaliar sempre a acuidade visual da criança (nesta idade é de esperar uma acuidade visual de 7/10), os reflexos pupilares (analisando o bom funcionamento do sistema nervoso), o alinhamento dos olhos, a visão binocular e a existência de erros refrativos (pode ser necessário a colocação de colírios para uma refração mais correta). 

  • Depois dos seis anos de idade

    • Queixas de dificuldade de visão para longe o/ou para perto. 

O teste da visão na criança deve ser adaptado de acordo com a idade e colaboração da mesma. 

Na Oftalmologia pediátrica pode ser necessário a realização de testes qualitativos ou ainda exames complementares que permitem uma avaliação objetiva.

Uma vez que é fundamental garantir um bom desenvolvimento da visão binocular nos primeiros anos de vida, a avaliação ortóptica com sinoptóforo acaba por ser um exame que está intimamente ligado à oftalmologia pediátrica.

Numa consulta de oftalmologia pediátrica, é observado o segmento anterior e o fundo ocular e como tal, sempre que existam patologias associadas, embora seja menos comum, o médico poderá aconselhar a realização de exames tais como a retinografia, a topografia corneana ou a perimetria estática computorizada.

As avaliações na Oftalmologia pediátrica devem ser realizadas em  “idades chave”, pois é desde o nascimento até à idade escolar que se pode prevenir, evitar e tratar algumas doenças que podem levar a diminuição de visão, ou, em último caso, à cegueira. É importante que, no início da escolaridade, a criança reúna as melhores condições visuais, para se obter um correto desenvolvimento visual.

O tratamento nestas idades, consoante o diagnóstico, pode passar pela correção de erros refrativos, através da adaptação de correção ótica, e garantir o correto desenvolvimento da visão binocular, através da avaliação e tratamentos de ortóptica.

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