A contactologia é um exame realizado por todos os candidatos e os utilizadores de lentes de contacto (quando têm dificuldades na utilização), de modo a garantir uma correta adaptação e a escolha da lente ideal.

A contactologia é um exame realizado por todos os candidatos e os utilizadores de lentes de contacto (quando têm dificuldades na utilização), de modo a garantir uma correta adaptação e a escolha da lente ideal.

Para além das questões anatómicas, tais como a curvatura do olho, é importante avaliar a qualidade e quantidade da lágrima e o conforto de utilização o que irá promover uma boa adaptação, bem como a qualidade de visão obtida.

Devem entender-se as expectativas do paciente, assim como o motivo para a sua utilização. É importante esclarecer que lentes existente, e qual se adapta melhor ao caso.

Tem de avaliar-se a acuidade visual, o grau e o tipo de ametropia, se existem ambliopias, se foram realizadas cirurgias prévias e a existência de doenças oculares, o tipo de ambiente em que o paciente se move diariamente, a existências de alergias, medicação e o estado geral de saúde.

A contactologia é um exame composto por alguns testes e medições que são necessários para a obtenção de um resultado mais eficiente. Em primeiro lugar avaliamos a superfície ocular através do biomicroscópio (vulgo lâmpada de fenda), com verificamos a alterações da superfície que possam impedir ou desaconselhar a utilização de lentes de lentes de contacto. A colocação de um corante de fluoresceína  permite detetar alterações corneanas, depósitos de proteínas acumuladas e avaliar a qualidade da lágrima (Teste do Break-Up Time). Permite também observar a centragem e movimento da lente no olho e verificar uma boa adaptação da lente de contacto ao olho.

A avaliação da face anterior e posterior da córnea com a topografia é também um exame importante assim como a medição do diâmetro pupilar, com luz ambiente e com luz reduzida (permite saber, sobretudo, a dilatação natural da pupila à noite, importante para avaliar a possibilidade de pior qualidade de visão nessas condições)

A avaliação do filme lacrimal deve ser realizada através do teste de BUT (break up time) em avaliamos o tempo, em segundos, que a lágrima demora a evaporar na superfície do olho e/ou teste de Schirmer, que mede a quantidade de lágrima produzida durante 5 minutos.

Comparativamente com a utilização de óculos, o uso das lentes de contacto apresenta vantagens e desvantagens.

Um paciente que use lentes de contacto irá beneficiar de um campo visual maior (não limitado à armação dos óculos) e o tamanho do objeto é normal, pois a lente em contato com o olho não aumenta o tamanho (como nas lentes dos hipermetropes, nem diminui como as lentes dos míopes). No caso de uma grande diferença de graduação entre os dois olhos (anisometropias), pelo facto das imagens de cada olho não terem o mesmo tamanho, a utilização de lentes de contacto melhora a binocularidade (visão de conjunto dos dois olhos), consequentemente  a acuidade visual e o doente sentirá um maior conforto.

Em córneas irregulares (queratocone, traumas e ectasias pós cirurgia refrativa) as lentes de contacto, quando bem-adaptadas, podem proporcionar uma melhor acuidade visual.

A utilização das lentes de contacto exige um tempo de estabilização e adaptação, devendo a sua utilização ser limitada a um número de horas por dia. É igualmente necessário uma correta higienização e desinfeção.

As lentes de contacto podem não ser confortáveis em ambientes com pó, fumo e ar condicionado.

É importante referir que o uso das lentes de contacto não significa que se possa substituir por completo os óculos. Estes devem estar atualizados e devem ser utilizados em conjunto, de forma a cumprir a pausa de descanso exigida pelas lentes.

Para uma correta preservação e desinfeção das lentes é necessário utilizar líquidos de manutenção. Existem soluções únicas que permitem a sua descontaminação, limpeza e armazenamento. O estojo de armazenamento das lentes deve encontrar-se sempre limpo e ser substituído pelo menos a cada três meses.

A utilização de lentes de contacto, não é uma questão meramente estética, mas sim uma solução para uma acuidade visual mais satisfatória, em situações refrativas ou visuais como anisometropias, alta miopia, córneas irregulares como o queratocone, cicatrizes, implantes ou complicações associadas a uma cirurgia prévia e até em ametropias mais comuns, pois melhoram sempre, em qualquer circunstância, a acuidade visual assim como o campo de visão.

Pode também ser vantajosa por questões profissionais, como por exemplo para atletas de alta competição, atores ou militares ou ainda situações em que não seja possível a utilização de óculos como alergias (por ex. º ao material das armações) ou problemas anatómicos (nariz proeminente ou orelhas). Existem casos em que o paciente não aceita psicologicamente a utilização de óculos, e terá então de adaptar-se a lentes de contacto dependendo do valor da ametropia, pois por ex. º miopias superiores a 1,5 dioptrias já dificultam muito a visão de longe, assim como hipermetropias  e/ou mais dioptrias no adulto dificultam muito a leitura ou o uso de computadores, telemóveis e outros.

Hoje em dia, as lentes hidrófilas ou vulgarmente denominados de lentes gelatinosas permitem corrigir todas os erros refrativos. Podemos corrigir miopia e hipermetropia com lentes esféricas, podendo corrigir graduações muito elevadas. Se a estas estiver associado algum astigmatismo superior a 0.75 D pode-se adaptar uma lente tórica (própria para correção daquele defeito). As lentes tóricas, no entanto, nem sempre conseguem uma correção com acuidade tão perfeita como com óculos. Isto deve-se ao facto de a lente ter de se manter, em posição num eixo determinado, que varia inevitavelmente com o pestanejo e os movimentos do olho

Existem ainda lentes que permitem a correção não só da visão de longe, mas também da visão de perto e intermédia, uma solução para doentes com presbiopia (dificuldade em ver ao perto com a idade).

Em relação à frequência de utilização, as lentes podem ser divididas em diárias, quinzenais e mensais.

As lentes diárias não necessitam de manutenção. São utilizadas durante o dia e deitadas fora no final. É a opção mais saudável e segura, hoje em dia.

As lentes quinzenais e mensais exigem uma limpeza e higienização corretas, de forma que estas mantenham as suas propriedades, permitam o máximo de conforto e melhor qualidade visual, evitando complicações como infeções ou alergias ou desgaste prematuro das lentes.

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