Criança com estrabismo numa visita à CPO

O estrabismo é uma disfunção da visão binocular que ocorre quando há uma perda de paralelismo entre os olhos. Acontece devido à perda de coordenação no movimento ocular (cada olho toma uma direção visual diferente), sendo captadas duas imagens diferentes, que não se fundem.  

Nas crianças, é importante considerar que a genética pode desempenhar um papel no desenvolvimento do estrabismo. Este componente hereditário pode estar associado a várias causas como infeções, tumores, traumatismos. 

Ser devido a: 

  • Traumatismos. 
  • Acidentes vasculares. 
  • Problemas neurológicos. 
  • Doenças sistémicas (diabetes, hipertiroidismo, etc.). 
  • Tumores oculares. 

Existem diversos tipos de estrabismo, cada um com suas características clínicas específicas tais como idade de início, prognóstico e abordagens de tratamento. O estrabismo pode ser classificado de acordo com a posição do olho desviado: 

  • Estrabismos convergentes: ocorrem quando o olho se desvia para dentro (em direção ao nariz) e são mais comuns entre a população infantil. Existe uma variedade de estrabismos convergentes, tais como acomodativo, precoce, tardio ou por excesso de convergência. 
  • Estrabismos divergentes: ocorrem quando o olho se desvia para fora, sendo menos frequentes e geralmente com início mais tardio (aos 2 ou 3 anos), devido à elevada convergência acomodativa nos primeiros anos de vida. 

A principal complicação visual que pode resultar do estrabismo em crianças é a ambliopia. Neste caso, devido ao desalinhamento dos olhos, o olho desviado não fixa os objetos com a parte central da retina (a fóvea) e, portanto, não desenvolve a sua capacidade visual plena.

Assim, cada olho transmite uma imagem diferente ao cérebro, que pode eventualmente ignorar a imagem de qualidade inferior. Se este problema não for corrigido durante o período de plasticidade cerebral (até cerca dos 8 anos de idade), o não desenvolvimento visual do olho desviado será permanente e irreversível. A ambliopia é a causa mais comum de perda visual em crianças e jovens. 

Para além da ambliopia, o principal sinal visível do estrabismo é a falta de alinhamento de um ou ambos os olhos. Outros fatores que podem indicar a presença de estrabismo incluem:  

  • Diminuição da fenda palpebral ou encerramento de um dos olhos aquando da exposição solar; 
  • Posição anómala da cabeça na tentativa de compensar o estrabismo; 
  • Em casos de estrabismo de início em idade adulta, pode existir uma visão dupla (diplopia). 

O tratamento do estrabismo deve ser realizado o mais cedo possível, para evitar uma alteração permanente da Visão Binocular, e deverá ser idealmente antes dos 8 anos de idade. Dos vários tratamentos que existem, pode também ser realizada cirurgia para o estrabismo ou uso de injeções de toxina botulínica. 

Na existência de suspeita de um estrabismo, deve ser marcada uma consulta de Oftalmologia onde poderão ser realizados exames para avaliar a acuidade visual (e determinar a prescrição, se necessário), o fundo ocular (podendo ser necessário dilatar a pupila, para avaliar a retina e outras estruturas internas do olho) e, principalmente, estudar a Visão Binocular (através de testes específicos realizados pelo médico Oftalmologista ou Ortoptista, para confirmar a presença ou ausência de problemas de motilidade ocular, entre outras alterações).  

O oftalmologista discutirá todos os detalhes do tratamento recomendado com o paciente, incluindo as opções disponíveis e os resultados esperados, esclarecendo quaisquer dúvidas que possam surgir. 

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