A Degenerescência Macular (DMI) é, como o nome indica, uma doença degenerativa que aparece, geralmente, com a idade, na quinta ou sexta década da vida. Não causa cegueira, mas torna mais difícil ou impossível atividades diárias como a leitura, ver o dinheiro ou reconhecer os rostos das pessoas.

A Degenerescência Macular (DMI) é, como o nome indica, uma doença degenerativa que aparece, geralmente, com a idade, na quinta ou sexta década da vida.

Não causa cegueira, mas torna mais difícil ou impossível atividades diárias como a leitura, ver o dinheiro ou reconhecer os rostos das pessoas.

Sem tratamento a perda de visão piora. No caso da DMI seca, instala-se de forma lenta e progressiva. A DMI húmida ou exsudativa, manifesta-se com uma perda súbita de visão ou uma forma rapidamente progressiva, num período curto de algumas semanas 

A causa é desconhecida e parece estar ligada ao consumo de tabaco, pressão arterial elevada, obesidade e história familiar de DMI.

A sintomatologia é variável e depende também do facto de ser ou não bilateral. 

Geralmente manifesta-se com uma deformação das letras na leitura, no centro da visão, isto é, numa palavra apenas as letras da parte central se encontram deformadas. Posteriormente, com o avançar da doença a área de deformação aumenta tornando a leitura quase impossível. Ao longo do tempo começam a desaparecer letras e mais tarde instala-se uma zona central de não visão (escotoma central) que impede o reconhecimento de tudo onde fixa o olhar. Uma mancha negra que impede a leitura, identificar o rosto das pessoas, ver umas moedas na mão, conduzir, ver televisão, tudo o que se faz no dia a dia fica impossível de realizar. Uma mancha escura está sempre a tapar tudo o que fixa. 

Outro sintoma pode incluir diminuição do tamanho dos objetos, as linhas retas aparecem onduladas com deformação e as cores aparecem esbatidas. 

Habitualmente a doença começa por atingir apenas um olho. Numa fase inicial torna-se assim difícil o doente identificar as dificuldades, pois o olho bom ajuda a esconder os defeitos.  

Com a doença estabelecida, já a interferência na visão é tal, que o portador se apercebe que algo não está bem. Tapando um olho e outro acaba por identificar a existência do problema.

A melhor forma de identificar a doença será sempre consultar o oftalmologista.

Na consulta, a observação direta do fundo do olho permite ao médico, na maior parte de as vezes, identificar a doença. Ocasionalmente, acaba por ser um achado da consulta de rotina para avaliar a refração.

Com vista ao correto diagnóstico e com a finalidade de estabelecer tratamento, o medico irá pedir um OCT que permite ver o estágio em que a doença se encontra e, por vezes, uma angiografia para caracterizar melhor as lesões.

Tratando-se de uma DMI seca, atrófica, é como já se disse uma situação progressiva ao longo de anos que terminará sempre com a perda da parte central da visão. A terapêutica limita-se nestes casos ao acompanhamento e administração de suplementos e à correção dos fatores de risco se existirem, como por exemplo o tabagismo ou a correção da hipertensão arterial, por forma a atrasar o mais possível a inevitável perda de visão. 

A DMI húmida ou exsudativa é uma situação por vezes aguda, embora a maior parte das vezes se instale insidiosamente, mas evoluindo de forma relativamente rápida, em semanas ou meses, com a sintomatologia referida anteriormente, da qual a mais importante inicialmente seja a identificação precoce da deformação da imagem. Uma vez identificada deve ser tratada o mais rapidamente possível. 

Trata-se na DMI exsudativa do aparecimento de neovasos (vasos novos que não existiam no local) sub-retinianos, na parte central da mácula, formando uma membrana vascular que destrói a anatomia desta zona importantíssima no que respeita à visão. Sendo vasos sanguíneos não especializados acabam por deixar sair os componentes do sangue à sua volta, daí o nome de exsudativa, criando uma zona de ecrã que impede a visão.

A DMI seca é a mais frequente e a perda de visão é muito lenta ao longo do tempo. 

O seu tratamento, baseado no estudo AREDS, pode conseguir atrasar a degenerescência e consiste na administração de vitamina C, vitamina E, zinco e betacaroteno.

A fórmula foi atualizada no AREDS2 juntando lutein, zeaxanthin, and omega-3. Nesta fórmula foi retirado o beta-carotene, pois está ligado a um risco aumentado de cancro do pulmão em fumadores. 

A DMI seca representa 90% dos casos de DMI e pode evoluir para a forma húmida.

A DMI exsudativa, embora represente apenas 10% dos casos é a principal causa de cegueira, relacionada com a degenerescência macular

O seu tratamento consiste numa injeção intravítrea de medicamentos anti VEGF (que combatem o crescimento e conseguem destruir os neovasos), e é atualmente a arma mais eficaz para evitar a progressão da doença e conseguir, nalguns casos, a remissão com ganho substancial de acuidade visual. É necessário na maior parte dos casos repetir as injeções com intervalos de um mês. Noutros casos, mais difíceis, a administração acaba por se estender no tempo.

A terapêutica fotodinâmica é outro tipo de tratamento, mas menos usado, e consiste na administração por via endovenosa de um fármaco, que tem apetência para os neovasos e na aplicação de um laser que vai ativar, seletivamente, a substância injetada, destruindo os vasos anormais.

O tratamento direto por laser para a destruição dos neovasos é mais uma forma de tratar a doença.

Os resultados do tratamento são variáveis, conseguindo-se  uma recuperação da acuidade visual, a maior parte das vezes apenas parcial, mas que permite ao doente retomar as suas atividades diárias.

É uma doença evolutiva e mesmo com tratamento adequado, nem sempre se consegue uma visão útil.

De qualquer das formas, nunca acaba em cegueira total. Isto porque a restante retina não é afetada e o paciente consegue manter o campo visual. Após algum treino pode ver olhando um pouco de lado e distinguir e ver com clareza o que o rodeia.

Como todas as doenças, a prevenção é o melhor remédio. 

Deixar de fumar, ter uma vida com uma alimentação saudável, exercício físico, controlo da obesidade e tensão arterial e das doenças vasculares são fatores importantes. 

Se tiver historial familiar da doença deve procurar o oftalmologista anualmente. Neste caso, pode ainda recorrer à grelha de Amsler, colocada em local visível, habitualmente na porta do frigorifico. A grelha consiste num quadriculado com um ponto central. O doente fixa o ponto central, e mantendo a fixação no ponto, tentar perceber se consegue ver os 4 cantos, se nota deformação das linhas ou ausência de quadrados. Em caso positivo deve consultar o oftalmologista.

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