O Laser Argon utiliza-se para realizar, em regime ambulatório, um tipo de tratamento designado por fotocoagulação.

O Laser Argon utiliza-se para realizar, em regime ambulatório, um tipo de tratamento designado por fotocoagulação. Esta é uma técnica terapêutica utilizada em várias situações, mas sobretudo nas doenças vasculares da retina.

O Laser Argon é um intenso feixe de luz com dois comprimentos de onda diferentes, o azul-esverdeado (488-514nm) e o verde monocromático (514nm). Este é absorvido pelas células do epitélio pigmentar da retina (camada escura que serve de ecrã tornando olho uma câmara escura), e é convertido em energia térmica, aumentando a temperatura do local onde é aplicado. Quando a temperatura do tecido a tratar ultrapassa os 65ºC ocorre desnaturação das suas proteínas, com consequente coagulação e formação de tecido de cicatrização.

A eficácia da fotocoagulação depende da forma como o feixe de luz penetra nos meios oculares e do modo como é absorvido pelo tecido-alvo. O feixe de luz é absorvido sobretudo pelos tecidos oculares como o epitélio pigmentar, pigmento xantolífico (que coexiste com aquele na mácula, a parte central da retina onde se forma a imagem) e hemoglobina.

O Laser Argon tem indicação para o tratamento de várias doenças vasculares da retinianas :

  • no glaucoma (trabeculoplastia), iridoplastia periférica (iridectomia periférica na profilaxia do glaucoma de angulo fechado), doenças da pálpebra (triquíase).
  • na retinopatia diabética, onde a fotocoagulação é importante para evitar a progressão da doença.
  • nas tromboses venosas, aneurismas e vasculites retinianas.
  • em todas as situações clínicas que se possam complicar com a formação de neovasos.
  • quando existam buracos ou rasgaduras da retina, evitando de forma preventiva o subsequente descolamento de retina.
  • nas doenças da coroideia (a camada vascular do olho que abastece de nutrientes e oxigénio) como tumores, hemangiomas e membranas vasculares que se formam em doenças com a degenerescência macular da idade.

Uma vez identificada pelo médico a doença a tratar, este pode usar OCT e/ou a angiografia (fluoresceína ou de vede indocianina), exames que permitem localizar e caracterizar as lesões a tratar. É então dilatada a pupila e aplicada anestesia tópica (com recurso a colírio anestésico).

O doente é sentado ao biomicroscópio (vulgo lâmpada de fenda), aplicada uma lente de contacto especifica ao tratamento, através da qual o médico observa as lesões e faz incidir o feixe de luz do laser argon.

O tratamento de Laser Argon é praticamente indolor e ao final de um par de horas, o doente poderá voltar às suas tarefas diárias, uma vez passado o encadeamento provocado pela luz intensa e a dilatação da pupila.

É por vezes necessário repetir o tratamento, se o mesmo for considerado pelo médico como insuficiente, ou por precaução, em situações em que energia total a utilizar ultrapassa a capacidade de tolerância dos tecidos, para que o tratamento possa ser  realizado num só sessão.

A fotocoagulação a laser é um procedimento extremamente seguro, e as suas complicações são raras. A eficácia depende da forma como o feixe de luz penetra nos meios oculares, da área a ser fotocoagulada (diâmetro e profundidade), intensidade e duração a que é aplicada a luz, e da forma como é esta é absorvida pelo tecido-alvo.

Podem-se destacar possíveis complicações como visão turva transitória, edema da mácula, alterações na visão das cores, dificuldades na visão noturna e defeitos no campo visual.

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