O Laser Argon utiliza-se para realizar, em regime ambulatório, um tipo de tratamento designado por fotocoagulação. Esta é uma técnica terapêutica utilizada em várias situações, mas sobretudo nas doenças vasculares da retina.
O Laser Argon é um intenso feixe de luz com dois comprimentos de onda diferentes, o azul-esverdeado (488-514nm) e o verde monocromático (514nm). Este é absorvido pelas células do epitélio pigmentar da retina (camada escura que serve de ecrã tornando olho uma câmara escura), e é convertido em energia térmica, aumentando a temperatura do local onde é aplicado. Quando a temperatura do tecido a tratar ultrapassa os 65ºC ocorre desnaturação das suas proteínas, com consequente coagulação e formação de tecido de cicatrização.
A eficácia da fotocoagulação depende da forma como o feixe de luz penetra nos meios oculares e do modo como é absorvido pelo tecido-alvo. O feixe de luz é absorvido sobretudo pelos tecidos oculares como o epitélio pigmentar, pigmento xantolífico (que coexiste com aquele na mácula, a parte central da retina onde se forma a imagem) e hemoglobina.