Glaucoma tem cura? Confira os factos sobre a doença 1

Glaucoma tem cura? Confira os factos sobre a doença

Factos sobre o Glaucoma:

 

  • O Glaucoma afeta cerca de 78 milhões de pessoas no mundo inteiro e é uma das principais causas de cegueira irreversível, mas evitável. Estima-se que o número se aproxime de 120 milhões no ano 2040, à medida que a sociedade envelhece.1 
  • 1 em cada 200 pessoas, a partir dos 40 anos têm Glaucoma e 1 em cada 8 pessoas a partir dos 80 anos.
  • Os pacientes a partir dos 65 anos são mais suscetíveis de ter a doença, sobretudo se forem diabéticos ou altos míopes e também as mulheres, minorias étnicas e pessoas indígenas.
  • Se têm um familiar com a doença, terá 10 vezes mais probabilidade de contrair também esta doença.
  • Em muitos casos,  é assintomático, ou seja, não terá qualquer sintoma, até a doença estar avançada. Isto faz com que 50% dos afetados, não saiba que têm a doença.

 

Perguntas e Respostas:

O que é? 

  • O Glaucoma caracteriza-se pela perda progressiva do campo visual, que vai desaparecendo até que haja total perda de visão. Desenvolve-se atrofia progressiva do nervo ótico, por perda de células nervosas por fatores, até hoje, não totalmente identificados. 

 

Quando existem sintomas, quais são os mais habituais?

  • Sensibilidade à luz ou fotofobia
  • Dor ocular (devido a pressão ocular elevada)
  • Dor de cabeça

 

Quais foram os efeitos da pandemia do Covid-19 em pacientes com Glaucoma?

  • A pandemia veio atrasar consideravelmente o seguimento dos pacientes através de consultas, exames e procedimentos oftalmológicos que são essenciais ao glaucoma, o que representa o aumento de um risco que pode levar à cegueira irreversível.
  • Acumularam-se procedimentos no sistema nacional de saúde, o qual se encontra atualmente sobrecarregado. Isto torna as clínicas como a CPO – Clínica Privada de Oftalmologia uma importante solução para ajudar ao seguimento destes pacientes.

 

 

O que recomendam os oftalmologistas durante a pandemia para pacientes com a doença?

  • Se o paciente notar perda de visão, dor ocular ou secreção ocular, especialmente se previamente operado ao glaucoma, deve contactar o seu oftalmologista o mais rapidamente possível.
  • O mais importante é manter a utilização de todos os colírios anti glaucomatosos (hipotensores oculares) – gotas oculares próprias – conforme a recomendação do médico que foram recomendados nas consultas prévias e abordar o tema nas consultas seguintes.
  • Mantenha a calma e não se preocupe demasiado porque a doença evolui muito lentamente, desde que mantenha o tratamento recomendado (que esteja bem) controlado, o adiamento ou espera alargada não deverá afetar a sua visão. 
  • Caso tenha um tipo de glaucoma agressivo, não deverá esperar muito tempo pela sua consulta de oftalmologia.  

 

Porque precisa um paciente de glaucoma de consultas presenciais?

  • Uma das componentes críticas na identificação, diagnóstico e no seguimento de pacientes com Glaucoma é a medição da pressão ocular. Para além de outras componentes que só podem ser realizados em consulta presencial. 
  • Caso não possa vir à consulta, por motivos alheios, pode recorrer a uma teleconsulta na Clínica Privada de Oftalmologia ou questionar no sentido de redirecionar dúvidas para o seu oftalmologista habitual. 
  • Se sentir perda de visão, dor ocular forte (ou secreção) é uma urgência e deve ser visto o mais rapidamente possível pelo seu oftalmologista.

 

Porquê a utilização de colírios lubrificantes nos casos de glaucoma?

  • Os colírios hipotensores provocam nalguns casos alterações da superfície ocular, com sintomas de ardor acentuado e secura ocular. 
  • Devem ser utilizados com intervalos de pelo menos 5-10 minutos entre os diferentes medicamentos.
  • Contactar o seu oftalmologista caso sinta desconforto ocular persistente.
  • Faça uso da teleconsulta para ajudar na resolução do desconforto ocular.

 

Quais são os diferentes tipos de Glaucoma?

  • O glaucoma crónico simples é o mais frequente e habitual em cerca de 95% dos casos. 
  • O agudo ou de ângulo fechado acontece quando existe um aumento abrupto da pressão intraocular, por fecho do ângulo da câmara anterior e devido à dilatação da pupila.
  • O secundário acontece como resultado de outras doenças oculares por exemplo traumatismo do globo ocular (que acabam por o causar). Outros tipos são: Glaucoma neovascular que resulta da formação de novos vasos sanguíneos na irís, atingem a malha trabecular e impedem a eliminação do humor aquoso; Glaucoma congénito é um caso especial, detetado à nascença, pois são bebés que nascem com olhos maiores que o normal.

 

O Glaucoma tem cura?

  • O glaucoma crónico, o mais frequente, não tem cura. Uma vez instalado continuará sempre a evoluir. A única possibilidade é conseguir a estabilização da doença, com tratamento médico adjuvado ou não com cirurgia. A finalidade é conseguir manter a pressão ocular em valores considerados normais para que não haja maior destruição do nervo ótico, portanto parar a evolução da doença. Trata-se de um tratamento para toda a vida.
  • O tratamento cirúrgico tem a mesma finalidade, controlar a pressão ocular quando os colírios hipotensores não conseguem baixá-la o suficiente. No entanto, não sendo o único fator a pressão ocular, por vezes, apesar de um bom controle tensional, a doença continua a sua evolução. Os casos de glaucoma sem tensão, isto é, em que a tensão ocular é normal, são demonstrativos de outros fatores desconhecidos que não conseguimos tratar.
  • Já no glaucoma de ângulo fechado uma intervenção atempada quando da primeira crise, ou antecipadamente pela identificação do risco, ao observar um ângulo fechado, a intervenção cirúrgica simples, com Laser YAG, resolve a questão definitivamente ao criar um bypass na íris para normal escoamento do humor aquoso.
  • Todos os casos de glaucoma secundário são difíceis de tratar e o seu tratamento é pouco eficaz.

 

Quando é que os pacientes têm indicação para realizar a cirurgia?

  • Não é possível baixar a pressão ocular para valores satisfatórios com a terapêutica médica máxima ou laser;
  • A adesão à terapêutica médica é baixa;
  • Num doente com hipotensão arterial acentuada;
  • Existência de alergia aos colírios utilizados;
  • Existe uma progressão das lesões glaucomatosas mesmo quando a pressão está aparentemente controlada apesar do tratamento médico máximo tolerado.

 

Pacientes que tenham sido operados precisam de manter a frequência do seguimento?

  • Depois do pós-operatório imediato, a periodicidade dependerá do resultado da cirurgia. Se a pressão ocular ficar bem controlada a visita semestral ou anual habitual será suficiente.

 

Quais são os especialistas em Glaucoma na Clínica Privada de Oftalmologia?

  • O Dr. António Melo e o Prof. Dr. Tiago Ferreira são dois profissionais com larga experiência em seguir pacientes com a doença e inclusive vasta experiência no âmbito cirúrgico para esta patologia. 

 

Como identificar?

  • A partir dos 40 anos, o risco da doença aparecer aumenta significativamente, o que faz com que seja fundamental ter consultas de oftalmologia anualmente para identificar possíveis mudanças na saúde ocular. A frequência do seguimento, sobretudo quando existem fatores de risco, é importante porque muitos casos de glaucoma são assintomáticos. A visita anual será o indicado.

 

Qual é a perspetiva Clínica Privada de Oftalmologia?

  • Na CPO o Glaucoma é tratado com todo o cuidado, procurando o diagnóstico precoce, sobretudo em doentes de risco.
  • A medição da pressão ocular e a realização do rastreio pré-consulta fazem parte da consulta habitual. 
  • Isso permite aos nossos especialistas um controle preciso das várias patologias e também do glaucoma.
  • Um suspeito da doença realiza de imediato um estudo do nervo ótico e eventualmente a realização de um estudo do campo visual para que possa fazer-se o diagnóstico correto. Adicionalmente, a medição da espessura da córnea é outro exame importante, visto que existem falsos casos de diagnóstico de pressão ocular elevada sem sinais de glaucoma. Pacientes com uma espessura de córnea fora do acima do normal, resultam em falsas medições de pressão ocular elevada.
  • A nossa preocupação com o problema do glaucoma, leva-nos também a uma constante formação dos nossos especialistas e dos processos de diagnóstico. 
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