Thérapie photodynamique

La thérapie photodynamique (TPD) élimine les nouveaux vaisseaux de la choroïde (néovascularisation choroïdienne) sans endommager sensiblement les tissus environnants.

É um procedimento rápido, minimamente invasivo e realizado em ambulatório. Consiste na perfusão endovenosa de um fármaco fotossensível, e na sua subsequente ativação por um laser com um comprimento de onda definido, a verteporfina^® (substância ativa utilizada) que tem afinidade para as células endoteliais vasculares em multiplicação, isto é, onde fica “acumulada” nas estruturas anómalas (neovasos) que se encontram em proliferação.

Após 10 minutos de perfusão do farmaco, é emitido um laser, com um comprimento de onda de aproximadamente 690 nm, que irá atuar apenas nas estruturas previamente identificadas.

Antes da realização do tratamento são realizados alguns exames complementares de diagnóstico, angiografia fluoresceínica, angiografia com verde indocianina e tomografia de coerência ótica (OCT) do segmento posterior.

A terapia fotodinâmica é utilizada em patologias onde se verifica a existência de estruturas vasculares anómalas em proliferação. Começou por ser utilizada em casos de degenerescência macular ligada à Idade na forma exsudativa (DMLI) com neovascularização coroideia subfoveal, e na neovascularização coroideia subfoveal secundária a uma miopia patológica.

Mais recentemente, a sua utilização mostra-se eficaz em casos de coriorretinopatia serosa central (edema macular por acumulação de líquido vindo da coroideia) e em situações neovascularização (novos vasos sanguíneos) subretiniana, por baixo da fóvea.

O tratamento exige uma preparação prévia no qual é dilatada a pupila do paciente, e o olho é anestesiado topicamente, isto é, com gotas.

O corante é introduzido durante 10 minutos numa veia, gota-a-gota. 15 Minutos após o término da administração do corante, o laser é aplicado durante 83 segundos (tempo necessário para ativar o corante).

Caso seja necessário tratamento em ambos os olhos, a luz deverá ser aplicada ao segundo olho imediatamente após o primeiro, mas nunca depois de 20 minutos a contar do início da perfusão.

Previamente ao tratamento, deve ser analisado o historial clínico do paciente de forma a analisar que medicamentos está a tomar e se estes podem aumentar a sensibilidade à luz. Alguns medicamentos para infeções bacterianas, doenças psiquiátricas, diabetes, hipertensão arterial, infeções fúngicas, bloqueadores dos canais de cálcio (usados para a hipertensão arterial elevada, angina e ritmos cardíacos anormais), vasodilatadores e terapêutica com radiação podem ter esse efeito. 

Sendo esta técnica não invasiva os riscos são mínimos, e os casos de alergia são raros. Porém como a verteporfina® é uma substância fotossensível, depois do tratamento, é aconselhado ao paciente evitar exposição solar direta durante as primeiras 48 horas, diminuindo assim, o risco de queimaduras principalmente nas mãos.

A terapia fotodinâmica deve ser utilizada com precaução em doentes com disfunção hepática moderada ou obstrução biliar. Dado que a verteporfina® é eliminada principalmente por via biliar, e não existirem estudos  para este grupo de doentes. Em doentes com disfunção hepática grave é contraindicada.

Após terapia fotodinâmica os pacientes devem ser reavaliados a cada 3 meses, e em caso de extravasamento recorrente, a terapia fotodinâmica poderá ser administrada até 4 vezes por ano.

Os doentes que depois do tratamento apresentem uma diminuição grave de acuidade visual (equivalente a 4 linhas ou mais) no espaço de uma semana, não devem ser submetidos a um novo tratamento, pelo menos até que a sua visão tenha recuperado por completo e atinja os níveis registados antes do tratamento, e até que os potenciais benefícios e riscos do tratamento subsequente tenham sido objeto de avaliação cuidadosa pelo médico assistente.