A cirurgia de catarata apresenta uma elevada taxa de sucesso. Deve ser recomendada pelo médico oftalmologista e adequada de acordo com a situação clínica em questão.

A cirurgia de catarata apresenta uma elevada taxa de sucesso e é, de acordo com o British Journal of Ophthalmology, o procedimento mais comum no mundo inteiro.

O procedimento cirúrgico habitual é a facoemulsificação do cristalino com implante de lente intraocular, que pode ser assistida com laser femtosegundo, que hoje em dia utilizamos preferencialmente.

O primeiro passo neste caso é uma abertura circular contínua na cápsula anterior do cristalino (capsulorrexis). Depois é dividido o núcleo em pequenas frações e realizadas as incisões necessárias à emulsificação e aspiração dos restos nucleares (remoção da catarata), através da incisão feita anteriormente. Toda a primeira fase, crucial par um bom resultado refrativo é realizado pelo laser.  Após a eliminação da catarata, é implantada uma lente intraocular que é escolhida de forma personalizada.

Apesar do implante da lente intraocular ter como finalidade a substituição do cristalino e eliminação da opacificação existente, pode também corrigir erros refrativos previamente existentes, tratando-se no final de mais uma técnica de cirurgia refrativa.

A cirurgia de catarata deve ser recomendada pelo médico oftalmologista e adequada de acordo com a situação clínica em questão. No entanto, devemos ponderar realizar a cirurgia de catarata sempre que as nossas atividades do dia-a-dia, e consequentemente o nosso nível de qualidade de vida, estejam comprometidas. Estes dois fatores são variáveis de caso para caso, e dependem das exigências e necessidades visuais, a nível pessoal e profissional.

Laser Femtosegundo

Como foi referido anteriormente, pode optar-se pela realização da cirurgia de catarata com o auxílio do laser femtosegundo.

Este laser, como é o caso do usado na clínica CPO, é um laser cirúrgico de alta precisão, que é usado para cirurgia de catarata, LASIK (preparação do flap) e correção de astigmatismo (incisões arqueadas).

A capsulotomia ou capsulorrexis, como se referiu atrás, uma incisão circular na cápsula anterior do cristalino. Esta abertura tem de ser continua, regular e centrada no eixo visual. Este facto é muito importante na boa centragem da lente intraocular, sobretudo se se tratar de uma lente multifocal ou lente de foco estendido (EDOF). A centragem da lente se não for perfeita pode ocasionar alterações refrativas indesejadas. Por isso preferimos a utilização do laser de fentosegundo nos nossos casos.

A fragmentação do núcleo do cristalino, facilita a facoemulsificação do cristalino pelo médico cirurgião, que necessita utilizar muito menos energia de ultrassons e promove uma maior rapidez na eliminação dos restos da catarata. Ambas concorrem para uma córnea clara, sem edema a seguir à cirurgia, com recuperação imediata

É possível na mesma cirurgia realizar também uma correção de astigmatismo de valores até 1,5 dioptrias, dispensando o uso de lente tórica. O laser com precisão faz, no eixo a tratar, incisões (arqueadas) que permitem corrigir astigmatismo de baixo valor, melhorando assim o resultado refrativo da cirurgia de catarata. 

Como escolher a lente intraocular adequada?

A escolha da lente intraocular tem de ser escolhida e individualizada para cada paciente atendendo aos seus desejos e necessidades de visão lúdicas ou profissionais. Deve ter-se, pois, como principal objetivo, atingir a melhor acuidade visual possível que dê o máximo de qualidade de vida, ao paciente. 

O médico tem sempre em consideração a ametropia (os defeitos de refração existentes, como a miopia, hipermetropia e astigmatismo), as condições anatómicas e estruturais do olho a ser operado, a existência de alguma patologia base e se já foi submetido alguma cirurgia oftalmológica previa. É necessário também realizar exames complementares de diagnóstico para a escolha da lente intraocular a implantar.

Se anteriormente havia a possibilidade de realizar a cirurgia da catarata, substituindo o cristalino por uma lente intraocular monofocal, apontando à emetropia (capacidade de ver bem a qualquer distância sem correção). Hoje em dia, devido aos avanços científicos e tecnológicos constantes, os pacientes têm a hipótese de optar por uma lente intraocular personalizada, que permite além da correção do erro refrativo, boa visão intermédia e de leitura possibilitando independência do uso de óculos.

Clique na imagem em baixo para ver um vídeo de um dos nossos especialistas a explicar os diferentes tipos de lentes intraoculares.

Lentes intraoculares

A cirurgia de catarata é a cirurgia mais frequente na especialidade de oftalmologia, e é segundo a OMS, a principal causa de cegueira reversível a nível mundial, e a segunda principal causa de baixa visão.

É uma cirurgia geralmente de execução relativamente rápida, mas poderá variar consoante o tipo de catarata.

É expectável que a cirurgia de catarata decorra num período de 15 a 20 minutos e que o paciente permaneça na clínica cerca de 2 horas, desde a chegada, preparação e até à saída.

Após a chegada à clínica para a cirurgia o olho a operar é dilatado (a pupila) com colírio apropriado. Isso permite o acesso ao cristalino opacificado e os passos anteriormente descritos da cirurgia. Na nossa clínica o doente deita-se na mesa operatória onde são realizados todos os passos cirúrgicos, incluindo o uso do laser, o que é mais pratico tanto para o doente como para o cirurgião.

No que diz respeito à recuperação da cirurgia de catarata, na maior parte dos casos, esta é rápida e sem grandes complicações ou restrições da vida diária.

É importante que o doente cumpra toda as indicações médicas e que não falte às consultas de seguimento pós-operatório

Caso existam queixas durante a recuperação, é recomendado realizar uma reavaliação médica.

A cirurgia de catarata é proposta pelo médico oftalmologista. É importante  o médico informar de todo o processo e dos riscos associados.

Apesar de os riscos da cirurgia de catarata serem reduzidos, não são nulos. Como em qualquer outro tipo de cirurgia, existem sempre riscos associados.

Todas as complicações são controláveis, mas implicam demora na recuperação e a possibilidade de cirurgia adicional.

Uma complicação possível é a rotura da cápsula posterior (membrana onde se coloca a lente intraocular e que a suporta) durante a cirurgia na fase de aspiração implica por vezes a perda de restos do cristalino para o vítreo. Se a rotura ocorre durante a implantação da lente pode acontecer deslocar-se para o vítreo.

Em qualquer dos casos, será necessário recorrer a uma cirurgia de vitrectomia, para retirar os restos do cristalino ou a lente intraocular consoante o caso, e implantar uma lente de apoio escleral (a lente é presa à parede do olho) ou no sulco (o espaço entre a face posterior da iris e a periferia da cápsula posterior) para repor a visão do doente.

A cirurgia de catarata aumenta em 1% o risco de descolamento de retina, nos anos após a cirurgia.

O edema cistoide da mácula (a parte central da retina onde se forma a imagem) é outra das complicações possíveis, menos frequente hoje em dia, devido às novas técnicas cirúrgicas. A acontecer a acuidade visual é baixa durante semanas ou meses até haver uma recuperação, a maior parte das vezes completa.

A possibilidade de ocorrer uma catástrofe é residual pois a endoftalmite (infeção intraocular grave ou uma hemorragia expulsiva (hemorragia interna grave) são episódios que a grande maioria dos cirurgiões não vê durante a sua vida ativa hoje em dia.

Por fim a opacificação da cápsula posterior do cristalino é a complicação mais frequente após a remoção da catarata, e de fácil resolução. Acontece a cerca de um terço dos pacientes operados, causada por cicatrização excessiva com retração da cápsula ou pelo crescimento de restos de células do cristalino, com sintomas semelhantes aos da catarata. O doente queixa-se de visão enevoada, sobretudo com muita luminosidade, e dificuldade na leitura. A abertura da cápsula por laser YAG, é simples e realizada no gabinete do médico num aparelho semelhante ao da observação habitual sem qualquer preparação prévia.

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